quarta-feira, 15 de junho de 2011

centro de diabetes

Faltam médicos no Centro de Diabetes
Publicado em 12 de junho de 2011


Atendimento comprometido: pacientes reclamam da demora par a marcar uma consulta
FOTO: PATRÍCIA ARAÚJO (06/01/2009)
Hipertensos e diabéticos têm dificuldades para marcar consultas, prejudicando o tratamento

Seis, sete, oito e até nove meses. É esse o tempo médio de espera que pacientes hipertensos e diabéticos levam para conseguir uma consulta no Centro Integrado de Diabetes e Hipertensão (CIDH). Isso quando a frequência regular deveria ser trimestralmente ou, pelo menos, a cada quatro meses.

É essa a queixa do aposentado Jorge Saturno Neto, 74. "É muita gente, por isso demora para a gente conseguir uma consulta", diz, tentando justificar a demora para os atendimentos. O aposentado, que sofre de hipertensão, diabetes e doenças nos ossos, deveria ter ido, no ano passado, quatro vezes ao médico, como é recomendado para pessoas com o seu perfil de doença. No entanto, foi apenas a duas. Uma em março e outra no mês de dezembro.

Tirando uma sacola de dentro da bolsa, ele mostra a quantidade de remédios que toma. "São bem uns 12 por dia". E, apesar de elogiar o tratamento que recebe dos profissionais na unidade, o aposentado reclama dos medicamentos, que faltam com bastante frequência. "Tendo o remédio, eu tomo, mas como falta muito, tenho que ir atrás da Prefeitura ou então comprar". O problema, segundo conta, é que o seu dinheiro é insuficiente e, por isso, várias vezes ficou sem tomar os remédios, tão importantes para a evolução do tratamento.

A auxiliar de enfermagem Graça Nascimento, 52, que estava acompanhando Jorge Saturnino ontem, na sessão de fisioterapia no CIDH, disse que ainda não está constatado que o irmão sofre de doenças renais, mas afirmou que os médicos alertam que ele tem grande risco de vir a ter, por causa da sua diabetes que não baixa. "Eles sempre dizem para ele ter mais cuidado, ´fechar a boca´ e tomar o medicamento bem direitinho".

Adriana Forti, endocrinologista e diretora do CIDH, admite que o Centro de Diabetes e Hipertensão, de fato, opera com um número reduzido de profissionais. O que considera problema sério, por causa da necessidade de se ter uma equipe adequada para atender a toda a demanda.

Atendimento

Diariamente, 300 pacientes são atendidos na unidade, o que da uma média de 6 mil atendimentos por mês. Ela informa que cerca de 30% a 40% das hemodiálises são por diabetes.

Segundo a diretora, a maior preocupação do Centro é com o tratamento da diabetes, que poderia evitar as complicações. "O investimento do tratamento adequado é a única forma de prevenir as complicações, e isso é um processo a longo prazo". E complementa: "isso requer recursos humanos adequadamente treinado para manusear esse perfil de pessoas, porque são pacientes crônicos onde não basta só prescrever a medicação".

Frequência do atendimento, nível de entendimento do processo pelo paciente e falta de medicamento, são algumas barreiras que atrapalham na hora de se obter um tratamento adequado para os pacientes com diabetes e hipertensão.

LUANA LIMA
REPÓRTER

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A lua cheia de beleza e luz É fase bela e misteriosa Por que será que a tantos seduz ? Talvez porque tão decantada em prosa. Lua minguante, fase tão modesta Que míngua a dor do que acredita nela. É lua boa e não se manifesta Como uma fase que aparece bela. A lua nova, clara e brilhante, Sempre renova a fé de algum mortal; É lua limpa, não tem semelhante Visível em todo plano sideral. Lua crescente, cresce a esperança, De vida boa, com fartura e paz. Com fé na lua, toda graça alcança, Quem, com trabalho, seu destino faz. Dizem que a lua influencia a vida, Sendo a raiz dessa crença remota. Há quem afirme ser crença vencida, Mas contestá-la se torna idiota...

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