Borboletas Borboletas Tão lindas Tão leves Tão belas De tão lindas cores A bailarem entre as flores Pousar tão levinhas Enfeitar meu jardim Tem tempo que somem Na metamorfose da vida Mas sempre outras voltam A bailarem tão prosas Pertinho de mim Vêm cá borboletas Não foges de mim Pousem nos meus cabelos Enfeita-os para mim De presente eu lhes dou Um verso bem doce Que fale do quanto encantas As suas presenças Aqui no meu jardim
domingo, 25 de setembro de 2011
Carnavais fora de época
Carnavais fora de época
Jornal do BrasilJoão Batista Herkenhoff
“carnavais fora de época” e outras promoções semelhantes estão a perturbar o sossego de milhares ou milhões de pessoas, nas mais diversas cidades brasileiras.
Respeito a opinião daqueles que aprovam essa iniciativa. Compreendo que muitos se divirtam com esse Carnaval fora do calendário tradicional.
Mas não estou sozinho na minha oposição. Os protestos publicados nas colunas de cartas dos leitores dos jornais demonstram que muita gente está sendo incomodada.
No Ceará, manifestando-se sobre os carnavais fora de época, o advogado Paulo Maria de Aragão denuncia, como uma das consequencias dessas festas exdrúxulas, o rompimento do pacto de respeito recíproco, que deve caracterizar uma sociedade civilizada.
De qualquer forma, o debate é sempre útil. A divergência ilumina a análise dos fatos.
A meu ver (embora reconhecendo que possa estar enganado), os maiores interessados nessas promoções são os fabricantes de cerveja e outras bebidas, beneficiando-se da situação também os que vivem do comércio de drogas.
No ambiente criado artificialmente pelos “carnavais fora de época”, a juventude é induzida a beber exageradamente, a embriagar-se, a entregar-se ao hedonismo irresponsável.
O saldo desses eventos, nas mais diversas cidades onde se realizam, tem sido sempre de várias mortes e muitos feridos.
Não se trata de condenar a alegria, tão benéfica à vida humana. Não se trata de querer que a juventude envelheça antes do tempo. Trata-se de protestar contra a massificação dos jovens, a transformação dos jovens em objetos de consumo.
Trata-se também de defender a cidadania e a privacidade, a liberdade de ir e vir, a própria inviolabilidade do lar contra as agressões absurdas dos “carnavais fora de época”, realizados não em locais distantes, mas dentro das cidades, às vezes até mesmo em bairros residenciais.
O Carnaval, na época devida, tem toda uma tradição, é festa do povo, deita raízes na cultura brasileira. O Carnaval fora de época é invenção comercial, simples expediente para forçar o consumo, sem qualquer noção de respeito aos direitos da pessoa e da família e às liberdades constitucionais. Em toda parte onde se realiza, esse Carnaval anômalo prima pelo abuso e pelo completo desconhecimento de uma máxima simples e sábia: “meu direito termina onde começa o direito alheio”.
João Baptista Herkenhoff é professor pesquisador da Faculdade Estácio de Sá do Espírito Santo
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- A lua cheia de beleza e luz É fase bela e misteriosa Por que será que a tantos seduz ? Talvez porque tão decantada em prosa. Lua minguante, fase tão modesta Que míngua a dor do que acredita nela. É lua boa e não se manifesta Como uma fase que aparece bela. A lua nova, clara e brilhante, Sempre renova a fé de algum mortal; É lua limpa, não tem semelhante Visível em todo plano sideral. Lua crescente, cresce a esperança, De vida boa, com fartura e paz. Com fé na lua, toda graça alcança, Quem, com trabalho, seu destino faz. Dizem que a lua influencia a vida, Sendo a raiz dessa crença remota. Há quem afirme ser crença vencida, Mas contestá-la se torna idiota...
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