terça-feira, 6 de setembro de 2011

Uma fraude terrível?





ANDRÉ GATTAZ - Dissenso

Uma fraude terrível?


Todos sabem que os responsáveis pelos eventos de 11 de setembro de 2001, que chocaram o mundo com sua transmissão ao vivo, foram Osama Bin Laden e sua rede terrorista, a Al Qaeda – pelo menos é isso o que garantem os militares dos Estados Unidos, que centralizaram a investigação dos atentados e desde então têm todo o controle sobre a informação relativa a este assunto. Segundo a versão oficial do governo norte-americano, o malvado terrorista árabe, líder de uma organização que tem como objetivo destruir a civilização ocidental, teria planejado e coordenado os atentados a partir de suas bases no Afeganistão, providenciando o treinamento dos pilotos suicidas em escolas de aviação da Flórida, e elaborando um cuidadoso cronograma que faria com que parte dos eventos fosse televisionada para o mundo inteiro em tempo real – o que ampliou a magnitude do choque.

Devido ao fato de vários aspectos terem ficado mal explicados na versão oficial dos fatos, e às bem sucedidas manobras do governo norte-americano no sentido de abafar qualquer tipo de investigação independente sobre os atentados, há muitos analistas que discordam destas explicações, colocando a pergunta: e se o próprio governo norte-americano tiver alguma responsabilidade nos eventos de 11 de setembro ? – senão em sua organização propriamente dita, pelo menos no fato de se terem permitido os ataques ao segundo prédio do World Trade Center (WTC) e ao Pentágono, o que o forte aparato militar norte-americano deveria ter sido capaz de evitar.

Há uma série de suposições e dúvidas – baseadas tanto em dados concretos, como em informações contraditórias, assim como em certas ausências de dados – que, se consideradas em seu todo, levam-nos a uma chocante conclusão: o próprio governo norte-americano (ou parte dele) organizou e conduziu os atentados ao WTC e ao Pentágono, com o objetivo de criar uma situação de comoção mundial que justificasse suas políticas externa e interna. Analisemos rapidamente algumas dessas hipóteses e dúvidas – cada um dos pontos levantados adiante tem sido questionado e investigado por inúmeros cidadãos indignados do mundo inteiro, que vêm formando pela Internet uma rede de contra-informação disposta a desmascarar a farsa das invasões do Afeganistão e do Iraque sob o pretexto da prevenção ao terrorismo.

Passados mais de um ano e meio meses dos eventos de 11 de setembro de 2001, parece bastante claro para a comunidade internacional que os únicos a lucrar com os ataques foram o próprio governo e o complexo industrial-militar dos Estados Unidos. Este último anda “rindo à toa” com a elevação do orçamento militar do país em cerca de 200 bilhões de dólares anuais, posteriormente aos atentados de 11 de setembro.

Quanto ao governo de George Walker Bush, enfrentava uma situação política sui-generis. Bush foi eleito em meio a acusações de fraude no Estado da Flórida e obtendo menos votos do que seu adversário (situação possível devido ao sistema indireto das eleições presidenciais norte-americanas). Além disso, considerando-se a alta abstenção, pode-se afirmar que Bush contava com o apoio de apenas um quarto da população.

Em meio à crise de legitimidade de seu governo, Bush via a economia norte-americana dirigindo-se à recessão. Além disso, tornava-se cada vez maior a preocupação com o alto déficit energético do país, cuja economia é baseada na utilização de combustíveis fósseis.

No plano nacional, a saída à crise energética ignorou as preocupações ambientais, sendo autorizada a extração de petróleo nos últimos redutos ambientais do Alaska e a abertura de novas minas de carvão, para o desespero de ecologistas. No plano internacional, formularam-se planos para controlar as grandes reservas de petróleo e gás natural do Golfo Pérsico e do Mar Cáspio – estas, as maiores do mundo, e suficientes para suprir a necessidade energética dos EUA por dezenas de anos.

Dois países tornaram-se então fonte de preocupação para os formuladores de políticas de Washington: o Afeganistão e o Iraque. O primeiro, por ocupar uma posição estratégica – entre o Oriente Médio e a Ásia Central, e a meio caminho entre as reservas de gás natural do Mar Cáspio e o Oceano Índico. Possuindo um regime islâmico fundamentalista que passou a se opor a Washington (o Talebã), o Afeganistão impedia a construção de um gasoduto que levasse aos terminais marítimos do Paquistão as reservas de óleo e gás do Mar Cáspio, que passaram a ser exploradas através de contratos bilionários firmados entre as maiores companhias petrolíferas norte-americanas e os governos de Arzeibadjão, Cazaquistão, Rússia e Turcomenistão.

No caso do Iraque, país que tem a segunda maior reserva petrolífera do mundo, o problema, na visão dos formuladores de políticas norte-americanos, era a imprevisibilidade do regime de Saddam Hussein, e o temor de que este viesse a usar o embargo do petróleo como arma política, como os países árabes usaram em 1973, provocando uma grande recessão mundial. O problema tomou um aspecto mais concreto, entretanto, quando o ditador iraquiano deixou de cotar o petróleo em dólares para cotá-lo em euros, aumentando seu custo para os Estados Unidos; além disso, Hussein fechou contratos no valor de US$ 46 bilhões com Alemanha, Rússia e França – que não por acaso procuraram evitar a deflagração do conflito no Iraque.

Dessa forma, os Estados Unidos precisavam de um pretexto que lhes permitisse, ao mesmo tempo, resolver os problemas do Afeganistão e do Iraque – isto é: depor o Talebã e Saddam Hussein, assumindo o controle de ambos os países através de governos fantoches totalmente favoráveis aos interesses dos EUA. Esse pretexto deveria ser forte o suficiente para provocar uma comoção pública e justificar o investimento na opção militar como solução dos problemas que preocupavam Washington. Ao mesmo tempo, o governo agradaria simultaneamente ao ávido e poderoso comlexo industrial militar norte-americano, assim como à indústria do petróleo, que tem suas raízes plantadas na Casa-Branca.[2] Enfim, permitiria ainda ao governo norte-americano implantar um regime de exceção, abandonando as garantias constitucionais realizar para uma “caça às bruxas” semelhante à empreendida durante o macartismo,[3] além de angariar apoio entre a população doméstica, até então plenamente cética quanto ao sucesso da administração Bush.

De fato, é inegável que sob o impacto dos atentados um regime de exceção foi instaurado. Através de um decreto aprovado por unanimidade pelo Senado e apenas com um voto contra na Câmara dos Deputados, o governo atribuiu-se poderes extraordinários para vigiar e deter qualquer cidadão dos Estados Unidos sem autorização judicial; também foi banida a proibição ao assassinato de suspeitos em países estrangeiros, o que era ilegal, pela lei norte-americana, desde a década de 1970.

Se descermos aos detalhes dos atentados de 11 de setembro, vimos surgir várias questões que contrariam a versão oficial. Uma das mais importante delas diz respeito ao fato de que o intervalo de tempo entre os três eventos (os aviões atingindo o primeiro e o segundo prédio do WTC, e o objeto atingindo o Pentágono) foi grande o suficiente para que o mecanismo de defesa norte-americano tivesse sido acionado, evitando pelo menos o segundo e o terceiro atentados. No entanto, isso não ocorreu, e dos supostos quatro aviões desviados pelos terroristas, apenas um foi abatido. A cronologia indica que entre o primeiro e o segundo ataque ao WTC houve um intervalo de cerca de 20 minutos, e entre este último e o ataque ao Pentágono, decorreram mais 40 minutos – contrariando a propalada eficiência da Força Aérea dos Estados Unidos (USAF), capaz de abordar qualquer avião em seu espaço aéreo em apenas cinco minutos.

Outras suposições dizem respeito à organização do atentado. Os analistas mais céticos acreditam que seria impossível ao grupo Al Qaeda, em constante vigilância pelos órgãos de inteligência norte-americanos, articular, a partir do Afeganistão, uma série de eventos conduzidos com tanta precisão no território dos Estados Unidos. Quanto à versão de que os terroristas suicidas teriam aprendido a pilotar em pequenas escolas de aviação da Flórida, pilotos experientes afirmam que não se aprende a pilotar um Boeing em dois meses, treinando em simuladores de vôo. Argumenta-se que os pilotos que conduziram os aparelhos, sem apoio dos controladores em terra, fazendo um giro de 180º na altura dos Grandes Lagos e dirigindo-os precisamente contra os dois edifícios, tinham que ser pilotos de alto nível, e não aprendizes – ou então, tratou-se de uma pilotagem realizada remotamente, por aparelhos.

Esta última possibilidade, aliada à precisão das manobras (a manobra realizada pelo segundo avião a atingir o WTC, especialmente, é considerada como praticamente impossível de se realizar manualmente), levou alguns analistas a formularem a hipótese de que não houve terroristas suicidas, porém os aviões teriam sido dirigidos a balizas localizadas nos edifícios do WTC através do sistema Global Hawk, que permite o controle remoto de aviões – desde que o sistema estivesse previamente instalado na aeronave. Neste caso, pilotos e passageiros teriam simplesmente assistido atônitos os aviões fazerem meia-volta e dirigir-se às Torres Gêmeas, o que a alguns parece bem mais provável do que quatro ou cinco terroristas armados de facas de plástico tomarem o controle dos aviões, pilotarem por mais de meia hora sem serem importunados pela USAF e atingirem em cheio os alvos.

Quanto à alegação de que seria impossível um plano desses ser elaborado por setores do governo norte-americano, pois “eles não iriam provocar tantas mortes assim somente para justificar as invasões do Afeganistão e do Iraque”, respondem os céticos com uma outra pergunta: e qual é a ética de governantes associados às indústrias do petróleo e armamentista, cujo objetivo é a obtenção do poder hegemônico mundial, ainda que à custa da força bruta?[4] Cerca de 75% das armas vendidas no mundo são produzidas nos Estados Unidos – como os mísseis que diariamente vitimam civis palestinos, ou o próprio antraz vendido ao governo de Saddam Hussein nos idos da Guerra Irã-Iraque (em tempos que Donald Rumsfeld posava para fotos ao lado do ditador iraquiano).

O objetivo dos ataques, ademais, não parece ter sido propriamente o de matar muitas pessoas, porém provocar uma grande comoção mundial – nesse sentido, o horário foi cuidadosamente escolhido para pegar os norte-americanos assistindo aos telejornais matinais, os europeus assistindo aos telejornais vespertinos e os asiáticos assistindo seus telejornais noturnos, ao mesmo tempo em que evitava um número excessivo de vítimas. Se o objetivo fosse causar o maior numero de baixas, os terroristas – sejam eles quem for – teriam escolhido um horário mais avançado, quando os edifícios já estivessem plenamente ocupados pelas pessoas que ali trabalham e por seus freqüentadores eventuais. Certamente também os aviões teriam sido dirigidos aos andares mais baixos dos edifícios, ao contrário do que ocorreu.

A própria participação de Osama Bin Laden nos eventos é outro ponto que levanta bastante polêmica. Se por um lado a antipatia do líder fundamentalista contra os Estados Unidos parece evidente em seus discursos e escritos, a história registra as íntimas relações pessoais e comerciais estabelecidas entre Prescot Bush (o avô de Bush júnior) e o pai de Osama Bin Laden, sócios em empresas de petróleo no Texas, e entre o próprio Osama e George Bush (o pai). É sabido que foi a Agência Central de Inteligência – a CIA – que treinou e equipou o Talebã, visando a deposição do regime comunista do Afeganistão, substituído em 1989 por um regime fundamentalista que posteriormente saiu do controle dos Estados Unidos.

Em nenhum momento Osama Bin Laden assumiu claramente a autoria dos ataques, o que faria parte da lógica do terrorismo organizado em qualquer parte do mundo. Tome-se como exemplo os atentados praticados na Irlanda pelo IRA, na Espanha pelo ETA ou em Israel pelo Hamas, sempre claramente identificados como de autoria destes grupos através de cartas ou telefonemas à imprensa, em que detalhes da operação são informados para comprovar a fidelidade da fonte (quando os comunicados não ocorrem antes mesmo dos atentados). Isto não teria ocorrido no caso em questão, em que as únicas evidências da autoria de Bin Laden partiram do próprio governo norte-americano – como as fitas de vídeo em que, aparentemente, Bin Laden elogia e assume os atentados. Se fosse a Al Qaeda a real responsável pelo ataque, desde a primeira hora surgiriam provas conclusivas de sua autoria, divulgadas pelos próprios terroristas.

Outro sinal perturbador de certo envolvimento – ou conivência – de órgãos oficiais norte-americanos deve-se ao fato de o governo ter abafado uma série de investigações que deveriam ser conduzidas. Uma delas diz respeito ao fato de que inúmeros alertas dos serviços de inteligência sobre a forma e os alvos dos possíveis ataques não foram levados a sério. Outra investigação deveria partir do vazamento de informações sobre os atentados, que permitiu não apenas que uma empresa israelense (Odigo) alertasse seus clientes sobre os atentados ao World Trade Center duas horas antes dos mesmos, como possibilitou um golpe de milhões de dólares aplicado nas bolsas.[5]

Outros argumentos fortes no sentido de uma grande farsa tomando conta da sociedade norte-americana são obtidos através da análise de alguns depoimentos de primeira hora, e certas imagens que “vazaram” à censura do Pentágono. Tais evidências foram apresentadas por Thierry Meyssan nos livros 11 septembre 2001: L’Effroyable Imposture (11 de setembro de 2001: Uma terrível farsa¸ recém publicado pela Usina do Livro) e em Le Pentagate, e reproduzido em sites franceses que rapidamente atingiram a marca de dezenas de milhares de visitas diárias[6]. A tese de Meyssan é que o Pentágono não foi atingido por um avião pilotado por terroristas suicidas, mas por um míssil, disparado pelo próprio Pentágono. Para justificar seu argumento, o autor analisa uma série de testemunhos de primeira hora e dezenas de fotografias divulgadas pelo próprio Pentágono e pelos bombeiros que primeiro chegaram ao local, entre outras fontes.

A questão fundamental é: os militares norte-americanos nunca conseguiram provar que foi um avião o objeto que atingiu o Pentágono, e vêm a todo o custo evitando investigações ou maiores questionamentos sobre o que ocorreu em Washington, em 11 de setembro de 2001.

As evidências de que se criou uma ampla mentira para esconder algo de muito maior gravidade são muitas:

• as fotografias realizadas antes do desmoronamento da fachada do Pentágono não mostram a destruição que era de se esperar pelo impacto de um Boeing. (VER FOTOS: 1 2 ) Ao contrário, indicam um buraco na parede, com cerca de 8m X 6m, na altura do pavimento térreo. Não há sinais dos desgastes que seriam causados pelas asas e turbinas de um Boeing. (As autoridades militares explicam tal evento pelo fato de as asas terem se “dobrado” para trás).

• As fotografias que mostram o lado externo do Pentágono não indicam nenhum tipo de desgaste no gramado em frente à parede atingida, o que era de se esperar caso um Boeing tivesse entrado pelo pavimento térreo do edifício. (VER FOTOS: 3 4 )

• Entre as centenas de fotografias feitas logo após o acidente e nos dias posteriores, não existem imagens dos destroços do suposto Boeing. Uma única imagem mostra um pedaço de metal com as cores vermelha e azul, porém não há evidências que se trate de um destroço do avião da AA. (As autoridades militares explicam tal fato pela “pulverização” do Boeing devido às altas temperaturas atingidas na explosão).

• Fotografias da parede interna do terceiro anel do Pentágono indicam o orifício por onde teria saído o nariz do Boeing. (VER FOTOS: 5 6 7 ) Entretanto, é impossível que um avião atravesse três edifícios blindados, num ângulo de 45 graus (em relação à fachada) (VER FOTO 8 ) e numa trajetória paralela ao piso (o suposto avião teria entrado pela fachada do primeiro anel, no piso térreo, saindo na área interna do terceiro anel, ainda no piso térreo). (As autoridades militares afirmam que o nariz do avião teria perfurado os edifícios, embora o resto do avião tenha se “pulverizado”. Entretanto, nunca se exibiu uma imagem do suposto nariz).

É importante notar que nos primeiros 90 minutos após o atentado ao Pentágono, falava-se, tanto na imprensa como na Casa Branca, que um objeto havia atingido o Pentágono. O primeiro a mencionar que se tratava de um Boeing da AA, o que depois passou a ser repetido por todos, foi Donald Rumsfeld, o Secretário de Defesa norte-americano, considerado por muitos como o mentor de toda a operação. Nesse sentido, é bastante significativo o ato falho cometido pelo falcão em entrevista coletiva de imprensa no dia 18 de novembro de 2001, disponível no site do Departamento de Defesa dos EUA:

P: Essa questão foi perguntada por muitos norte-americanos, mas especialmente pelas viúvas de 11 de setembro. Como pudemos estar tão desatentos? Como uma guerra contra civis chega a nossa pátria aparentemente sem nenhum aviso?

Rumsfeld: [...] É verdade que um terrorista pode atacar a qualquer hora, em qualquer lugar, usando qualquer técnica, e é fisicamente impossível defender o tempo todo todos os lugares contra toda técnica que se possa conceber. E aqui estamos falando sobre facas de plástico, e usar um vôo da American Airlines transportando nossos cidadãos, e o míssil para danificar esse prédio (inaudível) que danificou o WTC. A única forma de lidar com esse problema é assumir a batalha contra os terroristas, onde eles estiverem, e lidar com eles.[7]

Com essas palavras, não quero levar ninguém a acreditar que é certo que houve uma conspiração dentro do próprio governo norte-americano, visando obter um pretexto para as ações que desde então vêm sendo tomadas. Espero apenas colocar em dúvida a legitimidade das investigações conduzidas pelo Pentágono, que deixaram tantas perguntas sem respostas, e que chegaram a tantas conclusões que vão contra o senso comum – e com isso colocar em dúvida a própria legitimidade das invasões do Afeganistão e do Iraque em nome da segurança ocidental e in nomine Dei.



[1] – Historiador e jornalista. Doutor em História pela Universidade de São Paulo. Autor de A Guerra da Palestina: da fundação do Estado de Israel à Nova Intifada (São Paulo, Usina do Livro, 2002).

[2] – As vinculações entre o atual “núcleo duro” do atual governo norte-americano e a indústria petroleira são evidentes. George W. Bush é um “homem de petróleo do Texas mal sucedido”, cuja companhia de prospecção estava a ponto de ir à bancarrota quando foi comprada por outra companhia, Spectrum, que por sua vez foi adquirida por outra empresa de petróleo, Harken. Esta manteve Bush em seu corpo de diretores devido a seus contatos – especialmente seu pai, governador do Texas e posterior presidente dos EUA. Antes de assumir a vice-presidência, Dick Cheney era o principal executivo de Halliburton, a maior empresa de serviços em campos de petróleo do mundo. Já Condoleezza Rice, a Conselheira de Segurança Nacional, pertencia ao conselho da Chevron antes de chegar à Casa Branca – a empresa agradeceu a seus contatos com a família Bush batizando um navio petroleiro com seu nome. Don Evans, o Secretário de Comércio, foi presidente da Tom Brown Inc., uma companhia de petróleo e gás baseada em Denver, e também era do Conselho da TMBR/Sharp Drilling, uma companhia de perfuração de petróleo e gás. Gale Norton, Secretária do Interior, representou como advogada a Delta Petroleum. Também dirigiu uma organização denominada Coalizão de Advogados Ambientalistas Republicanos, co-patrocinada pela empresa de petróleo BP Amoco. (The Guardian. http://www.guardian.co.uk/oil/story/0,11319,880445,00.html)

[3] – No final de 2002, o Departamento da Defesa anunciou um programa denominado Total Information Awareness (Conhecimento Total de Informações), cujo objetivo é permitir ao governo controlar os movimentos de toda a população dos EUA para “evitar ataques terroristas”. O sistema baseia-se num amplo banco de dados em que informações pessoais e profissionais dos 290 milhões de cidadãos norte-americanos serão armazenadas. (Arbex, J. Big Brother pede passagem. Caros Amigos, ed. 71, fev/2003)

[4] – Em declarações da administração norte-americana sobre a política de segurança nacional, um tema prevalece sobre todos os outros: deve-se evitar que qualquer potencial rival chegue a um ponto em que possa competir militarmente com os Estados Unidos. Isto foi claramente afirmado no documento The National Security Strategy of the United States of America, divulgado pelo presidente Bush em setembro de 2002, indicando que as forças norte-americanas devem ser “fortes o suficiente para dissuadir adversários potenciais de construir um aparato militar na esperança de superar ou igualar-se aos Estados Unidos”. (Michael Klare, The Coming War With Iraq: Deciphering the Bush Administration's Motives. Foreign Policy In Focus (www.fpif.org/)

[5] – Em 12 de setembro, foi constatado que manobras características de informações privilegiadas foram efetuadas na semana precedente ao ataque. As ações da United Airlines caíram artificialmente 42% e as da American Airlines caíram 39%. Nenhuma outra companhia aérea no mundo sofreu tal queda em suas ações nessas mesmas datas (a não ser a holandesa KLM Royal Dutch Airlines, o que nos leva a pensar que um quinto avião estivesse nos planos dos terroristas). Um movimento similar ocorreu com as ações da Morgan Stanley, que ocupava 22 andares do WTC (cujas opções de venda foram multiplicadas por 12 na semana que antecedeu o atentado); da Merrill Lynch & Co, cuja sede social situa-se em um prédio vizinho às Torres Gêmeas (opções de venda multiplicadas por 25); e as seguradoras implicadas Munich Re, Swiss Re e Axa (opções de venda multiplicadas por 30 ou mais). A Comissão de Controle das Operações da Bolsa de Chicago constatou que naquela praça os insiders realizaram lucros de 5 milhões de dólares com as ações da United Airlines, 4 milhões com as da American Airlines, 1,2 milhão com as da Morgan Stanley Dean Witter & Co. e 5,5 milhões de dólares com as da Merrill Lynch & Co. Nas investigações da Organização Internacional das Comissões de Valores (IOSCO), as autoridades norte-americanas apresentaram seus relatórios intermediários, mostrando que os lucros ilícitos chegariam a centenas de milhões de dólares, constituindo o “mais importante delito com informações privilegiadas já cometido”. O FBI renunciou a explorar essa pista e a IOSCO encerrou seu inquérito sem resolver esse caso, embora seja fácil rastrear os movimentos de capitais, pois todas as transações interbancárias são arquivadas por organismos de compensação (ver MEYSSAN, Thierry. Uma Terrível Farsa. São Paulo: Usina do Livro, 2003, p. 52-55).

[6] – Veja a tradução do Dossiê Míssil ou Boeing no site Dissenso.

[7] – Q: This is a question that's been asked by many Americans, but especially by the widows of September 11th. How were we so asleep at the switch? How did a war targeting civilians arrive on our homeland with seemingly no warning?

Rumsfeld: [...] It is a truth that a terrorist can attack any time, any place, using any technique and it's physically impossible to defend at every time and every place against every conceivable technique. Here we're talking about plastic knives and using an American Airlines flight filed with our citizens, and the missile to damage this building and similar (inaudible) that damaged the World Trade Center. The only way to deal with this problem is by taking the battle to the terrorists, wherever they are, and dealing with them.
(Fonte: http://www.defenselink.mil/news/Nov2001/t11182001_t1012pm.html)





© 2003, André Gattaz

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A lua cheia de beleza e luz É fase bela e misteriosa Por que será que a tantos seduz ? Talvez porque tão decantada em prosa. Lua minguante, fase tão modesta Que míngua a dor do que acredita nela. É lua boa e não se manifesta Como uma fase que aparece bela. A lua nova, clara e brilhante, Sempre renova a fé de algum mortal; É lua limpa, não tem semelhante Visível em todo plano sideral. Lua crescente, cresce a esperança, De vida boa, com fartura e paz. Com fé na lua, toda graça alcança, Quem, com trabalho, seu destino faz. Dizem que a lua influencia a vida, Sendo a raiz dessa crença remota. Há quem afirme ser crença vencida, Mas contestá-la se torna idiota...

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